leram-me

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Show time!



Vou endireitar as costas, firmar os ombros para trás...vou vestir o meu sorriso amarelo e mostrá-lo por aí. Porque pior que uma dor na alma é tentar explicá-la a quem tem apenas uma coisa para dizer sobre o assunto, em duas variantes: ou "tem calma!" ou então "tem paciência". Já o disse antes e volto a dizer. Há situações na vida em que o silêncio é o melhor conforto. Não precisamos de ser os salvadores do mundo, nas nossas palavras, que julgamos serem as mais sábias, as mais acertadas. Há assuntos que deviam ser interditos a quem não os vivencia. Até porque, se algumas pessoas soubessem a crueldade que cometem na certeza das suas afirmações, estariam com toda a certeza caladinhas ou não.
Há dias em que detesto ser como sou. Detesto ser um livro escancarado. Detesto mostrar todas as minhas emoções. Detesto ser a fonte de alimento para alguns "abutres" da desgraça alheia. Detesto ver a sua compaixão dissimulada, quando os seus olhos revelam a alegria de ter dado errado. Podia até dizer que ia mudar e ser diferente. Mas estaria a mentir. Não consigo ser diferente do que sou. Sou como sou. Detesto-me, por vezes, é verdade. Mas orgulho-me de não ser como aqueles que desprezo, por não ser uma imagem alterada em photoshop, para inglês ver.
Hoje, para evitar lágrimas e também por não ser masoquista e saber bem com quem lido, vou responder a tudo "Estou bem! Está tudo bem!" com um grande sorriso. Quem realmente me conhece, saberá que o olhar dita outra coisa. Quem se alimenta do meu infortúnio não saberá o que dizem os meus olhos...


1 comentário:

  1. Ás vezes é melhor sorrir do que explicar a nossa tristeza! E como tu dizes, nem toda a gente merece essa explicação! Hug **

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