...foi o que, sem qualquer tipo de esforço, me veio à memória, dos tempos em que ainda te julgava imortal! Num ápice recordei o vislumbrar de pirilampos no fundo do jardim, esse ser tão mágico que se transformava em luz, quando a lua aparecia no céu. Esses momentos eram de cortar o fôlego, ainda que banais e diários. Parecia que de cada vez que via um, encontrava o mais fascinante dos tesouros. Lembrei também as doces framboesas que nasciam junto ao teu muro de pedra e de as comer, ainda quentes, sem lavar (que isso tirava todo o sabor)! Lembrei a bicicleta azul que orgulhosamente me deste e que eu fiz rodar mil vezes pela rua...acima e abaixo.
Os anos passaram. Deixei de procurar pirilampos, quando a lua aparece. Deixei de ver framboesas no teu quintal e de as comer, amenos que estejam embaladas e lavadas (que hoje em dia todo o cuidado é pouco). Deixei de andar tanto de bicicleta (que agora é preta). E, pior do que tudo o resto, tive de deixar de acreditar que és imortal!
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