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terça-feira, 29 de julho de 2014

Acerca do abandono dos animais...

Toda eu sou a favor dos direitos dos animais. Não suporto ver animais abandonados, à sua sorte...não consigo perceber como alguém pode ignorar um animal, como se de lixo se tratasse. A meu ver a melhor campanha contra o abandono foi esta última...porque vai de encontro ao que eu sinto em relação a esses trastes que largam um animal que eles escolheram levar para casa, ludibriando-o , fazendo-o crer que vai ser amado e bem tratado, para mais tarde, por comodismo e facilidade, abandonar à sua sorte numa berma de estrada. Um cartaz ou imagem a pedir para não abandonarem animais, a meu ver, é um pouco parvo...quem acha que a solução para um problema passa por largar um animal na estrada, não vai sequer vacilar ao deparar-se com este tipo de campanha. Há que chamar as coisas pelos nomes...e neste caso, esta última campanha de ofensas a quem tem a falta de carácter de deixar um ser indefeso à sua sorte por motivos fúteis (sejam eles quais forem, serão sempre fúteis), merece nada mais nada menos que os piores dos nomes...isso ou uma valente coça!
O meu Matias veio da rua...nao sei a sua história, se foi abandonado...se a sua mãe foi abandonada e ele já nasceu na rua...mas uma coisa eu sei...o que quer que tenha acontecido, ainda bem que aconteceu, porque quem saiu a ganhar fui eu!






terça-feira, 22 de julho de 2014

Dia D...de desilusão!

Hoje escrevi muitas frases...apaguei outras tantas...por não conseguir expressar em palavras o que me vai na alma, como se costuma dizer. Hoje sinto apenas desilusão...uma desilusão sem igual, por viver num país que se esmera para prejudicar uma classe de trabalhadores que a única coisa que faz é formar pessoas, nas mais diversas áreas. Um país que não respeita, mas exige respeito...um país que concorda e bate palmas a decisões tomadas por gente pouco inteligente, que desconhece a realidade e apenas decide para sua própria conveniência. Hoje, além da desilusão, sinto uma vergonha incomensurável. Vergonha da necessidade dos colegas que não vislumbram outra solução senão humilharem-se...vergonha da filhadaputice dos colegas que sentem prazer em vigiar outros colegas...vergonha de quem corrobora com esta prova, só porque sim, sem ter argumentos ou sem conhecer a realidade por trás da mesma...
Hoje, mais uma vez, virei as costas à profissão que me escolheu...sim, foi ela que me escolheu. Sou feliz numa sala de aulas, mesmo quando pago para trabalhar. Sou boa no que faço, não porque tenho os conhecimentos e competências necessários...mas porque é a minha vocação. E isso nunca poderia ser avaliado numa prova de 90 minutos. Hoje sinto que desperdicei todo o esforço e orgulho dos meus pais...hoje sinto que desperdicei anos de sacrifícios longe da família, dos amigos e da terra que me viu nascer. Hoje sinto que foi tudo em vão e que possivelmente...hoje...será o dia em que terei de repensar a minha profissão...

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Que era é esta??

Talvez eu pertença mesmo a uma era diferente...talvez a minha afilhada tenha razão quando diz "Madrinha tu desculpa, mas estás a ficar velha..." (a propósito d as cuecas os calções de ganga que quer usar)... talvez eu esteja agarrada ao passado, que me agradava mais que este presente apressado, alheado, cego, surdo e mudo...solitário e tão...mas tão tecnológico! Talvez! Não digo que não... Contudo, custa-me ainda ver pessoas a partilhar mesas e refeições, sem se olharem, sem se tocarem, sem trocarem impressões sobre os seus dias...preferindo trocar likes, posts, fotos, selfies, sms, mms, twitts e afins até com quem nunca viram na vida. Não consigo entender esta obsessão de querer estar sempre ligado com o mundo inteiro...através de um computador.
Talvez eu esteja mesmo a ficar antiquada...mas é inevitável. Afinal eu sou da era em que quando conhecíamos as pessoas...conhecíamo-las de facto. Não falávamos com adultos a achar que estávamos a falar com adolescentes...não falávamos com homens a achar que eram mulheres e vice-versa...também nos enganávamos em relação às pessoas...mas isso era por causa do carácter (ou da falta dele) o que, por si só, é tema para outra conversa. Que tempo é este em que pais e filhos se rendem às tecnologias e a mesa de refeição é apenas mais um lugar, onde se trocam sms como se de uma maratona se tratasse? Que tempo é este em que os miúdos morrem de tédio em casa e se refugiam no computador, em conversas impróprias com quem nunca viram, em vídeos despropositados e registos minuciosos de todos os seus passos, em vez de saltarem para a rua e brincarem juntos? Que tempo é este em que as pessoas se sentam numa mesa de café...a dois...e sacam dos seus smartphones e abdicam do bem mais precioso que têm ao seu dispôr? Não me parecem tão smart assim...
O tempo não volta atrás, meus amigos...a vida passa rápido demais, para ser desperdiçada assim...em realidades virtuais!

terça-feira, 8 de julho de 2014

Nunca um erro...sempre uma lição!

Por vezes somos surpreendidos com acontecimentos que, de tão inesperados, nos causam alguma confusão. Depois do choque inicial, lá se consegue voltar à normalidade dos dias...agora ajustados às novas realidades. 
Quem me conhece bem diz que sou transparente demais...mas na verdade não me vejo assim. Primeiro, porque não sei o que significa ser só um bocadinho transparente...e depois porque sou assim como sou (transparente ou de tom arco-íris opaco-brilhante) desde que tenho capacidade de me observar enquanto ser humano. Contudo, tentava dar ouvidos ao que me diziam e, no meio dos meus vários ataques de fúria, depois dos tais acontecimentos inesperados e devastadores, fazia juras de mudança...já não ia mais ser assim...do jeito que era até então...agora ia ser uma Su diferente, cinzentona e completamente opaca! Nada de transparências! Daqui não ia sair nadinha! Não me iam descobrir as fragilidades nunca mais! Mas rapidamente percebia que tinha de voltar a ser a mesma Su de sempre...se calhar transparente demais...ingénua demais...crente demais...e também sofrida demais! Mas prefiro ser isso tudo demais...do que ser Su de menos! O que não me mata, torna-me mais forte! E o que pode ser visto como um erro por muitos... para mim é apenas mais uma lição...daquelas que acrescenta um mais à pessoa que eu já sou!