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terça-feira, 1 de março de 2011

Primeiro Amor

Os reencontros são todos importantes. Fazem-nos valorizar quem outrora perdemos, obriga-nos a voltar atrás no tempo e repensar muito do que fizemos!
De repente voltei aos meus imortais 15 anos e a muitas das vivências que marcaram a minha vida!
Ainda que as inseguranças tivessem ditado grande parte dos meus dias de adolescente, foram outras memórias que, melancolicamente me fizeram percorrer uma vez mais o pátio do liceu, o corredor do Pavilhão 2, onde aguardávamos o início da aula, sentados no chão, proferindo nada mais do que absolutas palermices! Aos 15 anos o mundo resume-se à escola, aos amigos, a um grupo de música e pouco mais. Eu não fui excepção. O mundo era simples e perfeito!

Há momentos muito especiais que se tornam únicos na nossa vida! Foi com 15 anos que me apaixonei pela primeira vez. Não de forma platónica, uma paixão real...e correspondida! Claro que, como qualquer paixão começou com a ideia de eternidade, pelo menos na cabeça tonta de uma "aborrescente", mas acabou por ser intensa e fugaz, como qualquer outra paixão!
18 anos depois vi-me obrigada, e ainda bem, a procurar nas minhas caixinhas da memória, por tudo o que vivi naquele curto espaço de tempo. Ainda hoje, se fechar um pouco os olhos, me recordo do primeiro beijo...doce...atrapalhado...com borboletas a bater as asas furiosamente no meu estômago... Lembro-me das minhas palavras e do seu olhar doce, que inspirava confiança. Não eramos mais do que dois miúdos, tontos, a tentar viver um momento intensa e rapidamente, como se o amanhã não existisse! Possivelmente, aquele beijo, que para mim fora o primeiro, não durou mais do que um minuto...na minha visão das coisas, durou o tempo suficiente para ficar preso na minha doce memória para sempre. Um primeiro tocar de lábios mexe sempre com as emoções, mas quando é mesmo o primeiro, quando não se sabe qual será a sensação que dali advém, os segundos que o antecedem são de facto avassaladores. Tive a sorte de trocar o meu primeiro beijo com alguém que merece a recordação e a faz permanecer no tempo.
Dizem que o primeiro amor nunca se esquece e é bem verdade! A inocência, o desprendimento, a ternura, a simplicidade de tudo o que faziamos juntos são coisas que jamais irei esquecer e guardarei para sempre num lugar especial do meu coração.

Por diversas vezes procurei aquele nome no Facebook, sobejamente conhecido por reencontros...mas infelizmente, com 15 anos não há apelidos...apenas nomes próprios ou alcunhas, que muitas das vezes não nos acompanham na vida adulta.

18 anos depois, reencontraste-me no mesmo sítio onde te procurei, tantas vezes!
18 anos depois, já com as nossas vidas resolvidas e entrelaçadas noutras vidas, temos a sorte de podermos fechar os olhos e relembrar com carinho a doçura do amor aos 15 anos!

Beijinhos...muitos muitos e tantos, da Su...e obrigada pelas boas recordações!

6 comentários:

  1. a doçura e ternura do primeiro amor é algo irrepetível... e inesquecível!
    beijocas

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  2. Esta tua breve narrativa fez-me relembrar os meus tempos de juventude... Quando o mundo ainda era quase perfeito... livre de preocupações e responsabilidades...
    É tão bom conseguirmos fechar os olhos e relembrar os (tantos) bons momentos vividos...

    Parabéns pelas tuas nobres palavras!

    Beijinhos

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  3. Dasse, quase que me fazias chorar...
    É que passei por uma historia semelhante, mas quem não passou...
    Estás de parabéns!!! Bjs

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  4. Essa é a magia da partilha de vivências...há sempre alguém que se revê no que dizemos! ;D
    E convenhamos...os primeiros amores são quase todos assim: assolapados e inesquecíveis!
    Obrigada a todos!

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  5. Este amor inocente já era, há muito! Mas é bom recordar o que fomos e sentimos! ;D

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