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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Burrice devia ter limites

A burrice deveria pagar imposto. Ajudaria Portugal no negócio com a Troika, de certeza absoluta. Há quem continue a ver um príncipe, quando à sua frente um verde, viscoso e nojento sapo tenta a sua sorte, na arte de ludibriar. Temos de dar o devido mérito ao sapo. Afinal, mostra-se irresistível aos olhos da donzela, até quando se baba, quando estica a língua afiadíssima, não se importando com as mazelas que deixa com essas façanhas...mas também não tem motivos para se importar, visto a donzela oferecer a outra face de todas as vezes que é atacada. Há quem adore enterrar-se no lodo pantanoso, correndo atrás de um sapo, insistindo em beijá-lo vezes sem conta, na esperança vã de que ele se transforme no príncipe dos contos de fadas, que desejam que seja a vida. E nos (poucos) momentos de lucidez, lá se vitimizam, pela viscosidade indecente do sapo e da sua incapacidade de metamorfose. 

Sapos serão sapos! Capacitem-se!

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